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Reajuste de planos de saúde PME para 2025: aumentos variam de 6,9% a 43,2%

  • Postada em : 12/05/2025

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Os reajustes nos planos de saúde para pequenas e médias empresas (PME), que atendem até 29 usuários, variam entre 6,9% e 43,2%, dependendo da operadora. Entre maio de 2025 e abril de 2026, empresas como Hapvida, Amil, Unimed e SulAmérica aplicam aumentos consideráveis, impactando 8,8 milhões de usuários no Brasil. O setor, que mais cresce devido às dificuldades de acesso a planos individuais, ainda enfrenta altos índices de reajuste, apesar da recuperação financeira das operadoras e da redução da sinistralidade.

Reajustes de planos PME: visão geral

No período de 2025-2026, o reajuste de planos de saúde PME será sentido de forma desigual entre as principais operadoras do Brasil. A maioria dos ajustes fica entre 6,9% e 16%, mas alguns planos, como o da Unimed Fesp, chegarão a um aumento expressivo de 43,2%. 

O número de beneficiários de planos PME tem crescido devido à dificuldade de acesso a planos individuais, com 8,8 milhões de usuários registrados atualmente, representando 17% do total de pessoas com convênios médicos no país.

Operadoras e seus reajustes para planos PME

O reajuste de cada operadora varia conforme seu desempenho financeiro e a sinistralidade de 2024. A Hapvida, por exemplo, aplicará um aumento de 11,5%, enquanto a Unimed-BH anunciou o menor ajuste, de 6,9%. Já a Unimed Fesp, com o maior aumento, viu a necessidade de aplicar um reajuste de 43,2%. Outras operadoras como SulAmérica, Amil e Bradesco Saúde seguirão com aumentos que variam entre 15% e 16%.

O reajuste médio do setor, em comparação com o período anterior, foi menor, o que reflete uma recuperação da sinistralidade, que voltou aos níveis pré-pandemia. "Era esperado um reajuste menor porque a sinistralidade de 2024 caiu a patamares pré-pandemia, além de as operadoras apresentarem um resultado financeiro mais equilibrado", explicou Luiz Feitoza, sócio da consultoria Arquitetos da Saúde.

A sinistralidade e o impacto dos reajustes

A sinistralidade de planos de saúde tem sido um fator determinante para os reajustes. A redução dos índices de sinistralidade, como observada em 2024, foi fundamental para que as operadoras pudessem manter o reajuste em patamares mais baixos em relação a anos anteriores. No entanto, a pressão por competitividade e a necessidade de expandir margens também influenciam a decisão das operadoras. Em um cenário de recuperação econômica, as empresas podem se beneficiar de um controle mais rígido dos custos operacionais, buscando uma margem de lucro mais segura, mesmo com aumentos nos reajustes.

A modalidade PME tem sido uma das mais procuradas nos últimos anos, principalmente em razão do alto custo de planos individuais. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está discutindo um possível aumento no número de beneficiários por plano PME, que atualmente é limitado a 29 usuários, com a possibilidade de ampliação para até 400 vidas. Essa mudança visaria diluir a sinistralidade, tornando os planos mais acessíveis e com reajustes mais equilibrados.

Embora a modalidade tenha ganhado espaço, os reajustes nos planos PME não estão imunes aos aumentos praticados nos planos de saúde por adesão. A alta demanda por esse tipo de plano, aliada ao aumento de custos, resulta em reajustes semelhantes aos dos planos por adesão, prejudicando o que inicialmente parecia ser uma alternativa mais econômica.

Comparativo dos reajustes

A tabela abaixo ilustra os reajustes aplicados pelas principais operadoras de planos de saúde PME para o período de 2025-2026:

  • Hapvida: 11,5%;
  • NotreDame Intermédica SP e MG: 15,2%;
  • Bradesco Saúde: 15,1%;
  • Amil: 16%;
  • SulAmérica: 15,2%;
  • Unimed Nacional: 19,5%;
  • Unimed-BH: 6,9%;
  • Unimed Seguros: 11,9%;
  • Unimed Campinas: 12,5%;
  • Porto Saúde: 15,9%;
  • Unimed Fesp: 43,2%;
  • Unimed Fortaleza: 14,9%;
  • Athena Saúde: 12,9%;
  • Unimed Belém: 15,4%;
  • Care Plus: 18,2%;
  • Sobam-Amil: 15,2%;
  • Plena Saúde: 14,5%;
  • Omint: 13,3%;
  • Unimed Ceará: 11,3%;
  • Unimed Ferj: 15,6%.

Os reajustes nos planos de saúde PME para o período de 2025-2026 refletem uma combinação de fatores econômicos, financeiros e de sinistralidade. As operadoras buscam manter suas margens de lucro enquanto tentam equilibrar a competitividade no mercado. Para os pequenos e médios empresários, a alta nos custos dos planos de saúde pode representar um desafio, especialmente considerando o crescimento da modalidade e a demanda crescente por cobertura de saúde.

A discussão sobre a ampliação do número de beneficiários nos planos PME pela ANS segue em aberto, e será um ponto crucial para o futuro dessa modalidade. A necessidade de um modelo de saúde suplementar mais acessível e equilibrado continua sendo uma prioridade para todos os envolvidos no setor.

Fonte: Contábeis

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